Pequi — O coração aromático do Cerrado brasileiro
Origem & História
Símbolo do Cerrado e da cultura alimentar do Brasil Central, o Pequi (Caryocar brasiliense) é uma árvore nativa reverenciada por suas múltiplas funções: alimento, medicina, sombra e identidade regional. Cultivado há gerações por comunidades tradicionais de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Tocantins, o pequi é mais que uma fruta — é patrimônio afetivo e gastronômico, presente nas festas, pratos típicos e saberes populares da região.
Sabor & Experiência
Com polpa amarelo-ouro de sabor forte, amanteigado e extremamente aromático, o pequi é intenso e inconfundível. Consumido cozido — quase sempre com arroz, galinha ou como óleo — sua experiência envolve todos os sentidos: o cheiro que invade o ambiente, o sabor terroso e profundo, a textura cremosa que envolve o paladar. Ao mesmo tempo, exige cuidado: seu caroço espinhoso não deve ser mastigado. É uma fruta para saborear devagar e com respeito, como mandam as tradições.
Cultivo Ideal
Gosta de: Sol pleno e solo bem drenado, preferencialmente arenoso ou do tipo cerrado
Regiões indicadas: Centro-Oeste, Sudeste (zonas secas), Nordeste interiorano e Norte de Minas
Cultivo em vasos: Não recomendado — árvore de grande porte
Clima: Tropical e subtropical seco — adaptado a períodos de estiagem prolongada
Recomendações: Exige paciência no cultivo, mas é resistente e longevo. Ideal para reflorestamentos e sistemas agroflorestais
Características da Muda
Tipo: Propagada por sementes ou enxertia (mais rara e complexa)
Produção: Inicia entre 6 a 10 anos no plantio por sementes
Tamanho: Árvore de grande porte (6 a 12 metros), com copa ampla e folhas compostas
Manutenção: Muito rústica, tolera longos períodos sem irrigação
Diferenciais: Fruto nutritivo, madeira resistente, atrativa para fauna e ideal para recuperação de áreas degradadas
Para quem é
A muda de Pequi é ideal para amantes da cultura do Cerrado, agroflorestores, colecionadores de nativas e quem busca alimentos com alma e história. Não é uma planta de resultados imediatos, mas uma árvore de legado — que retribui com frutos únicos, sombra generosa e conexão profunda com o Brasil ancestral. Cultivar um pequi é plantar tempo, memória e sabor eterno.
